Todo mundo adora quando o preço do combustível cai, verdade? Mas e aí, você sabe por que isso acontece? Uma das razões é a oscilação do dólar.
A moeda americana impacta desde os valores de passagens aéreas e bens de consumo, como carros e celulares, até o simples pãozinho da padaria — incluindo também o combustível. Então é sempre bom manter um olho no valor do dólar para estar por dentro do que pode acontecer também com os preços da gasolina e do diesel.
Mas, afinal, o que esses indicadores têm a ver? Qual é a relação entre o dólar e o preço do combustível oferecido nos postos para o consumidor?
Vamos entender como é feito o cálculo do valor combustível e de que maneira as flutuações do mercado internacional podem impactar sua frota!
Como o combustível é calculado?
O preço do combustível está diretamente ligado ao preço do barril de petróleo¹, que é uma commodity (matéria-prima básica). Esse preço oscila no mercado internacional diariamente, dependendo de diversos fatores.
Apesar de ser um grande produtor de petróleo, o Brasil ainda precisa importar o produto refinado por meio da Petrobrás para atender à demanda interna. Por isso, o preço do combustível por aqui acaba sendo influenciado pela cotação internacional do produto. É aí que entra a relação com o dólar.
Considerando isso, o preço do combustível² que chega ao consumidor é composto pelos seguintes pesos:
- custo de produção e lucro da Petrobrás;
- custo do Etanol Anidro, produto adicionado à gasolina;
- lucro das distribuidoras e postos;
- impostos estaduais e federais.
Veja como economizar combustível em sua frota
Por que o valor do combustível sempre muda?
Como comentamos acima, a variação da cotação do barril de petróleo no mercado internacional é um dos principais fatores que influenciam o valor do combustível.
O preço do petróleo, por sua vez, é volátil porque é determinado principalmente pela interação entre a oferta e a demanda. Ou seja, um aumento a curto prazo na demanda de petróleo causa uma elevação significativa no preço, porque os países exportadores não conseguem aumentar radicalmente seu nível de produção.
A situação inversa também acontece: a diminuição na demanda, sem redução da oferta, faz o preço do petróleo cair. Esse é exatamente o quadro que vem se desenhando por conta da pandemia de coronavírus.
O valor do petróleo também flutua porque o produto é um ativo financeiro, sendo amplamente negociado na Bolsa de Valores3 — e a maioria dos contratos é feita em dólar. Assim, quando a moeda americana está forte, a tendência é que o preço da commodity tenha retração (e vice-versa).
Possíveis impactos para esse ano
O cálculo do preço do petróleo e do valor do combustível nos postos é composto por variáveis complexas, como você pode ver, e a pandemia do coronavírus vem atingindo em cheio essa cadeia.
Devido às medidas de isolamento social adotadas para precaver a transmissão, houve uma expressiva diminuição de circulação de carros nas ruas. Apenas frotas essenciais estão mantendo sua rotina, como as das equipes de saneamento básico, energia, comunicação, segurança e saúde.
Assim, o consumo de petróleo e do seus derivados também diminuiu. E como já vimos, o resultado de menos demanda com a mesma oferta é a queda no preço do produto.
Recentemente, a Arábia Saudita, líder da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e maior produtora do mundo, tentou driblar essa crise.
A proposta foi a diminuição da oferta de petróleo, que foi barrada pela Rússia (segunda maior produtora do mundo). A situação causou tensão e ainda mais instabilidade no mercado de cotações⁴.
Bom, em paralelo ao mercado de combustível, ainda temos as empresas que precisam manter em circulação sua frota. Além daquelas que operam atividades essenciais para manter a infraestrutura das cidades, percebe-se um aumento na demanda de serviços de entrega, uma vez que as pessoas estão consumindo mais online.
Então, como fica essa dinâmica?
Para entender melhor o cenário, veja a nossa publicação sobre como as empresas com frotas estão lidando com o momento! Afinal, estar na rua faz parte do nosso tipo de negócio.
Conclusão
Segundo estimativa do jornal Valor Econômico⁵, a tendência é que os preços do combustível diminuam ainda mais nos próximos dias ou semanas — impacto da queda na venda da commodity internacionalmente e dos cortes impostos pela Petrobrás frente à redução da demanda nos postos.
Ou seja, apesar da crise, existe aí a oportunidade de gestores diminuírem ainda os custos com frotas que continuam operando e encontrarem um ponto de equilíbrio para manter a saúde financeira da empresa.
_________________________________________________________________________
Referências:
- https://g1.globo.com/rj/regiao-dos-lagos/noticia/serie-petroleo-riqueza-explorada-fala-sobre-como-e-calculado-o-preco-do-combustivel.ghtml
- https://petrobras.com.br/pt/produtos-e-servicos/composicao-de-precos-de-venda-ao-consumidor/gasolina/
- https://www.melhorcambio.com/petroleo-hoje
- https://epoca.globo.com/economia/entenda-disputa-entre-russia-arabia-saudita-que-esta-por-tras-da-queda-do-petroleo-24294409
- https://valor.globo.com/empresas/noticia/2020/03/30/nova-desvalorizacao-do-petroleo-pode-levar-a-mais-cortes-nos-precos-dos-combustiveis.ghtml
Nunca vi o preço cair.
Não entendo esse modelo de negócio da Petrobrás que utiliza o dólar como cotação de preço o Brasil tem petróleo o suficiente para mantermos coloca biodiesel no diesel e álcool na gasolina sendo o álcool nosso e ainda vende gasolina barata para os países da América do Sul. Não era melhor construir uma reformadora de petróleo aqui ao invés de mandar pra fora. Há a Petrobrás sendo nacional porque tem acionistas de fora no caso ao invés de dar lucro para o Brasil vai para acionistas melhor vender tudo mesmo é nosso mas não é nosso.
Em julho de 2021 o dólar já caiu de 5,70 para 5,25, mas a gasolina acabou de subir para 6 reais.
Não entendi a correlação.