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Saiba como o MOBILAB usa startups a favor da mobilidade

16 de agosto de 2017 por Ticket Log em Mobilidade

Em São Paulo, desde 2013, startups têm acessos a dados municipais para desenvolver soluções em prol da mobilidade urbana. Vinculado à Secretaria de Transportes e à recém-criada Secretaria de Inovação e Tecnologia, o Laboratório de Inovação em Mobilidade da Prefeitura de São Paulo (MobiLab) é um grande exemplo de como essa democratização de informações tem não apenas incentivado o surgimento de novos aplicativos úteis à população, mas barateado projetos da gestão pública.

De acordo com a secretária executiva do MobiLab, que esteve no WeMuv Summit, a ideia é transformar o poder público em uma startup e, com isso, dispor de mais criatividade, agilidade e economia. Para ela, é possível reunir projetos pequenos com ciclos rápidos de desenvolvimento. “Temos duas formas de trazer startups para ajudar o governo. Conseguimos fazer concurso público e contratá-las para o desenvolvimento de sistemas, por exemplo. E a outra forma é com o Programa de Residência, em que trazemos startups para trabalhar com a gente no Coworking, onde damos apoio técnico e fornecemos dados”, explica Daniela Swiatek.

Localizado no Centro de São Paulo e funcionando de segunda a sexta-feira, o Espaço Coworking pode receber até 60 pessoas, entre desenvolvedores, especialistas e colaboradores selecionados no Concurso de Projetos, Residência MobiLab, técnicos da administração pública municipal, parceiros da academia e do terceiro setor que têm trabalhos realizados em conjunto com a Prefeitura de São Paulo. Esses profissionais têm acesso a infraestrutura física e tecnológica para o desenvolvimento de trabalhos, além de usufruir da “PARADA do Café”, puffs para descanso, cabines telefônicas, sala de reunião e lockers.

Swiatek ressalta que é comum ver técnicos da CET e da SPTrans compartilhando conhecimentos com startups no Espaço Coworking. “Você não tem como criar um aplicativo de Bilhete Único ou, como a gente teve ano passado, um aplicativo de estacionamento para deficientes e idosos se você se você não tiver o apoio técnico do estado. Esse é o maior valor que a gente agrega. Temos parcerias e estamos começando a apoiar as startups também na questão de negócios”, ressalta ela.

Aplicativos que mostram a movimentação dos ônibus

A cidade de São Paulo conta com uma frota de 15 mil ônibus e todos eles dispõem de GPS, que envia a localização dos veículos para uma central de controle a cada 45 segundos. Curioso é que até setembro de 2013 apenas a SPTrans tinha acesso a esses 30 milhões de dados diários, segundo Daniela Swiatek. “Foi a ideia principal de quando a gente partiu com o MobiLab e chegou onde a gente está hoje. Nesse caso do sistema de GPS em ônibus, a gente abriu e três meses depois já existiam mais de 60 aplicativos no mercado informando ao usuário o que ele tem hoje, de saber que o ônibus vai chegar em 15, 10 minutos. O custo pra gente foi de 60 mil dólares, dinheiro que a gente pegou do Banco Mundial para montar um API [sigla em inglês para ‘Interface de Programação de Aplicação’]. Foi o custo do setor público. Foi um caso de sucesso”, lembra empolgada.

Seguindo essa mesma linha, é possível que em breve o MobiLab consiga trabalhar informações sobre o uso do Bilhete Único (cartão integrador de transportes de São Paulo) a favor da cidade. Isso só não é realidade ainda porque existem dados pessoais dos passageiros no meio disso tudo. “O bilhete tem CPF, foto, e outros como linhas utilizadas, horários. A gente não conseguiu abrir até hoje porque é uma questão muito sensível. Tem que estudar muito bem e fazer com muita segurança qualquer abertura de dado público. Aí você fala: criptografa e mascara os números e tal. Mesmo assim é delicado porque podem rastrear e cruzar dados. Parece piada, mas tem gente que liga na SPTrans pedindo pra saber onde a esposa usou o Bilhete Único”, conta Swiatek.

Apesar desses dilemas, a secretária executiva do MobiLab se mostra otimista quanto ao apoio das startups no caso dos projetos paralelos e mesmo com aquelas participam de concursos públicos, isto é, que são contratadas pela Secretaria de Transportes e Secretaria de Inovação e Tecnologia. No caso das contratadas, Swiatek diz que foram cinco projetos concluídos e que existem outros nove prontos para começar. O objetivo geral, claro, sempre será usar toda essa potencialidade para melhorar significativamente a mobilidade urbana da capital paulista.

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